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Twitter quer dividir responsabilidade por moderação de conteúdo

Ferramentas como tom de conversa e restrição de replies também estão entre as novidades

Twitter quer dividir responsabilidade por moderação de conteúdo

O Twitter fez, nesta quinta-feira, um grande anúncio global de novos recursos e ferramentas. Um dos principais é a descentralização da moderação de conteúdo, trazendo para gerentes de comunidade parte da responsabilidade pelo que é publicado.

A ideia é que os moderadores dentro das Comunidades, recurso inaugurado no início de setembro e ainda indisponível no Brasil, possam estabelecer suas próprias normas, customizando a experiência na plataforma.

Por enquanto, poucos usuários têm acesso à ferramenta de Comunidades, que será disponibilizado para mais pessoas em breve, segundo o anúncio desta quinta-feira.

Por um lado é válida a tentativa de descentralizar a moderação que, como admite a própria empresa, poderia ser melhor. Por outro lado, é fácil imaginar um cenário em que o tiro saia pela culatra e Comunidades se tornem espaços violentos e tóxicos.

Bonificação

De olho nos chamados creators, o Twitter anunciou que, aos poucos, implementará formas de monetização de conteúdo a partir de esquemas de assinatura e bonificações.

Além disso, está planejado um programa focado em anfitriões de Spaces (as salas de conversa por voz) para dar “suporte financeiro, técnico e de marketing”.

As novidades vieram para atender a demanda de usuários da plataforma e bater de frente com serviços concorrentes, como o Substack, que possui oportunidades atrativas de remuneração.

Uma das ferramentas anunciadas são as bonificações, que receberam o nome de 'tips' (gorjetas, em inglês). O sistema, que permite o envio rápido de dinheiro para usuários, já estava disponível nos Estados Unidos há alguns meses e passa a valer no Brasil por intermédio do PicPay. Ele também aceitará pagamentos em bitcoin.

A ferramenta se une ao Super Follow, disponível apenas para um pequeno grupo de usuários nos Estados Unidos e Canadá, e que funciona como uma assinatura mensal para pagantes terem acesso a conteúdos exclusivos.

O Spaces também terá ajustes, inclusive a possibilidade de cobrar ingresso de acesso às salas e possibilidade de manter gravações das conversas que fiquem acessíveis após o término.

O Twitter Blue, no entanto, que a plataforma havia anunciado em junho como o primeiro produto de assinatura, não foi nem mencionado durante o evento. A empresa também não detalhou quantos criadores serão atendidos pelo programa nem deu detalhes financeiros.

Outras novidades:

Texto Laís Martins
Edição Samira Menezes



Laís Martins

Laís Martins

Laís é jornalista pela PUC-SP e mestra em comunicação política pela Universidade de Amsterdam. Suas reportagens focam em direitos humanos, política e tecnologia. No Núcleo, atua como repórter.

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