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Facebook permitiu anúncios com mensagens de ódio contra os rohingya, em Mianmar

Posts virulentos contribuíram para o genocídio da minoria rohingya em Mianmar. Anos depois, pouca coisa mudou na rede social

Facebook permitiu anúncios com mensagens de ódio contra os rohingya, em Mianmar

O grupo de direitos humanos Global Witness conseguiu aprovar oito anúncios na plataforma do Facebook com mensagens de ódio contra a minoria rohingya, em Mianmar, provando que, apesar das promessas da Meta, dona do Facebook, de aperfeiçoar as ferramentas de moderação no país, elas ainda deixam a desejar.

Os resultados do estudo foram compartilhados com a Associated Press. A Global Witness disse que as peças foram excluídas pela ONG antes de serem veiculadas.

A relação entre Facebook e Mianmar representa a falência do Facebook em moderar discursos de ódio. A empresa ajudou a conectar o país no início dos anos 2010 e tornou-se sinônimo de internet lá. Entre 2016 e 2017, foi instrumental no genocídio dos rohingya perpetrado pelo exército.

Posteriormente, o Facebook admitiu ter falhado em Mianmar — não havia sequer moderadores que falavam os idiomas locais.

A ONU, ao pedir o indiciamento de generais de Mianmar por genocídio, criticou duramente o Facebook por ter permitido que a sua plataforma fosse usada para incitar a violência contra os rohingya.

O estudo conduzido pela Global Witness mostra que mesmo com toda a repercussão, vidas perdidas e promessas da Meta/Facebook, pouca coisa mudou.

Via Associated Press, Reuters (ambos em inglês).

Rodrigo Ghedin

Rodrigo Ghedin

Comunicólogo e jornalista. Fundador e editor do Manual do Usuário, um blog sobre os impactos da tecnologia no nosso comportamento. Interesso-me por por tudo que nos faz humanos. Freelancer no Núcleo.

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