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Amazon processa administradores de 10 mil grupos no Facebook por avaliações falsas

A empresa quer descobrir quem está por trás dos grupos e obrigá-los a devolver “ganhos obtidos com a intermediação de críticas falsas".

Amazon processa administradores de 10 mil grupos no Facebook por avaliações falsas


A Amazon entrou com uma ação nesta terça-feira (19) contra administradores de mais de 10 mil grupos de Facebook que supostamente negociaram avaliações falsas em troca de dinheiro ou produtos gratuitos.

Em comunicado à imprensa, a Amazon identificou o grupo “Amazon Product Review”, tinha mais de 43.000 membros antes de ser retirado do ar pela Meta e supostamente oferecia reembolsos ou outros pagamentos a compradores dispostos a deixar avaliações falsas.

A CNBC, que teve acesso ao processo, identificou outro, o “Amazon Verified Buyer and Seller”, que tinha mais de 2.500 membros e cobrava U$10 dólares aos vendedores da Amazon para deletar as críticas.

A Amazon diz ter entrado com processo para descobrir quem está por trás dos grupos e obrigá-los a devolver “ganhos obtidos com a intermediação de críticas falsas".

A Amazon também diz que os grupos despistavam moderadores do Facebook privando os grupos ou usando asteriscos nos nomes, como “R**fund Aftr R**view”, em vez de “Refund after Review” - “Reembolso Após Avaliação”, em tradução livre.

OUTRAS REDES: A Meta, empresa dona do Facebook, derrubou 5 mil dos 10 mil grupos denunciados e trabalha para remover outros.

Além da Meta, a Amazon diz que também estão sendo investigados esquemas em outras redes sociais, como Instagram, TikTok e Twitter, e aplicativos como WhatsApp, Telegram e WeChat.

NÃO É NOVO: Em 2018, o Washington Post reportou que avaliações falsas dominavam certas categorias de produtos, como fones de ouvido bluetooth e suplementos de saúde. Na época, vendedores falaram a reportagem que a enchente de avaliações falsas dificulta a concorrência legítima e prejudica lucros.

Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. Estudante da UFBA, começou como estagiária no Núcleo, passando a ser repórter em 2024.

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