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BetterHelp, plataforma de terapia online, compartilhou dados pacientes com terceiros

O serviço de terapia online cedeu dados sensíveis de pacientes para empresas como Facebook, Snap e Pinterest; a empresa nega

BetterHelp, plataforma de terapia online, compartilhou dados pacientes com terceiros

A BetterHelp, plataforma de terapia online que oferece serviços em inglês, será obrigada a pagar US$7,8 milhões em danos após compartilhar os dados sensíveis de pacientes, como questionários médicos, endereços de IP e e-mail de usuários com o Facebook, Snapchat e até Pinterest.

A plataforma se popularizou em 2017, após youtubers fazerem propagandas em seus vídeos oferecendo códigos de desconto.

O QUE ROLOU? Segundo a FTC, órgão regulador dos Estados Unidos, o compartilhamento de dados aconteceu entre 2017 e 2020, enquanto a empresa dizia aos usuários que as informações eram privadas. A legislação americana proíbe serviços de saúde de compartilharem dados e informações pessoais de pacientes sem consentimento.

No acordo entre a FTC e a BetterHelp, o órgão diz que quase 2 milhões de endereços de e-mail de pacientes atuais e antigos foram compartilhados ao Facebook para direcionar anúncios da BetterHelp aos amigos desses pacientes. A BetterHelp, ainda segundo o documento, também divulgou endereços de IP e e-mails de 5,6 milhões de visitantes ao site da plataforma com o Snapchat, para fins publicitários.

A reclamação inicial também diz que a BetterHelp pressionou os consumidores a entregarem suas informações pessoais sobre saúde, mostrando-lhes declarações de privacidade enganosas. E, segundo a FTC, a plataforma não limitou como terceiros podiam usar dados de pacientes, permitindo que essas empresas usassem informações sensíveis para publicidade, pesquisa interna e até desenvolvimento de produtos.

MUDANÇAS. Além de pagar a multa aos pacientes que tiveram dados compartilhados, a FTC também ordenou que a BetterHelp fizesse uma série de mudanças. São elas:

O QUE DIZ A EMPRESA. A BetterHelp nega ter compartilhado dados de pacientes. Em um comunicado, a empresa diz nunca ter recebido pagamento de terceiros para obter informações sobre seus clientes.

Texto Sofia Schurig
Edição Laís Martins


Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. Estudante da UFBA, começou como estagiária no Núcleo, passando a ser repórter em 2024.

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