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Fora do ar no Brasil, Telegram ainda funciona com simples VPN

Plataforma está bloqueada em território brasileiro sob ordem judicial

Fora do ar no Brasil, Telegram ainda funciona com simples VPN

O Telegram parou de funcionar na noite de quarta-feira (26.abr.2023) para usuários que se conectam diretamente a partir de operadoras de telefonia brasileiras, mas ainda está facilmente acessível mediante a simples utilização de um serviço de VPN.

VP O QUE? VPNs significam Virtual Private Networks (redes virtuais privadas). Elas nada mais são do que uma forma de se conectar a um site ou app sem passar diretamente pela rede de uma operadora (que é a maneira mais comum para a maioria das pessoas) – ou seja, é um intermediário.

Com VPN, você pode se conectar a um servidor fora do país e esse servidor se conecta com a aplicação que você quer. Essa conexão é criptografada, ou seja, a operadora não consegue saber que você fez isso.

O Núcleo não está falando nenhum segredo obscuro: estima-se que cerca de 12 milhões de usuários no Brasil tenham utilizado VPN em 2022.

FUNCIONOU. O Núcleo testou uma conexão na manhã desta quinta-feira com o Telegram utilizando o NordVPN no computador e no celular, e conseguiu utilizar o app sem problemas.

JUSTIÇA. A não ser que a justiça ordene as operadoras de telefonia a bloquearem o acesso a todos os VPNs, não tem muito o que fazer.

SIM, MAS... A maior parte da população não sabe usar VPN ou não quer pagar por esses serviços, e talvez considere mais fácil simplesmente usar WhatsApp.

CONTEXTO. O Telegram está bloqueado em território brasileiro sob ordem judicial, após o Telegram não colaborar integralmente com a investigação do ataque em Aracruz (ES), de novembro de 2022, que deixou quatro mortos.

Havia um pedido, não cumprido, para que o Telegram entregasse os dados completos de neonazistas que agiam na plataforma à Polícia Federal (PF). O assassino, com 16 anos à época, participava de grupos antissemitas no Telegram.

Texto Sérgio Spagnuolo
Sérgio Spagnuolo

Sérgio Spagnuolo

Jornalista e diretor do Núcleo. Em 2014, criou a agência de newstech Volt Data Lab. Foi Knight Fellow no ICFJ e diretor na Abraji, além de ter colaborado com vários veículos nacionais e internacionais

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