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Google quer criar coach-terapêutico de IA

Especialistas de segurança em IA do Google alertaram para os riscos de uma excessiva dependência da tecnologia para conselhos de vida

Google quer criar coach-terapêutico de IA

Em abr.23, o Google deu um passo significativo na busca por avanços em inteligência artificial ao unir o laboratório de pesquisa DeepMind, sediado em Londres, com sua equipe de IA no Vale do Silício.

Agora, ambos os grupos estão focados em transformar a tecnologia de IA generativa, que alimenta chatbots como o Bard, em um coach.

COMO ASSIM? Documentos internos, analisados e reportados pelo New York Times, detalham a criação de ferramentas que auxiliam em mais de 21 categorias de tarefas pessoais e profissionais usando IA generativa.

As funcionalidades vão desde de conselhos de vida até sugestões de planejamento e de ensino, atendendo às diversas necessidades dos usuários.

A equipe atualmente avalia a capacidade do assistente em responder perguntas pessoais e oferecer soluções a desafios individuais, permitindo que usuários peçam conselhos para problemas extremamente íntimos, compartilhando dados com a Big Tech.

De acordo com o NYT, a ascensão do ChatGPT da OpenAI, que já possui 100 milhões de usuários, impulsionou a competição dentro do Google.

PERA LÁ. Especialistas em segurança de IA do Google alertaram sobre o risco de usuários dependerem demais emocionalmente da IA, destacando possíveis impactos negativos no bem-estar das pessoas.

Essas ferramentas continuam em fase de avaliação e o Google pode optar por não implementá-las, priorizando a segurança.

OUTRAS FRENTES. Além dos chatbots, o Google DeepMind expande seus esforços em IA para o jornalismo, a escrita científica e criativa e o reconhecimento de padrões. Outras ferramentas em teste podem elaborar críticas a argumentos, explicar gráficos, criar quizzes e enigmas de palavras e números.

Em 20.jul.23, o Google ofereceu a jornais norte-americanos, como o NYT, Washington Post e Wall Street Journal, uma ferramenta de inteligência artificial internamente conhecida como “Genesis”.

VALE SABER. Apps e sites que oferecem terapia online têm um histórico frequente de vazamento de dados de pacientes, chegando a compartilhar informações altamente pessoais e íntimas sobre seus diagnósticos e preocupações com outras empresas de tecnologia para fins de publicidade direcionada. Este ano, tanto a BetterHelp quanto a Cerebral, duas das maiores empresas nesse setor, foram condenadas nos Estados Unidos a pagar multas milionárias por esse motivo.

Via New York Times (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Jade Drummond
Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. Estudante da UFBA, começou como estagiária no Núcleo, passando a ser repórter em 2024.

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