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Autoridade do Reino Unido estabelece sete princípios para regular IA

A entidade alerta que comportamentos anticoncorrenciais no setor de IA podem resultar no domínio de poucas empresas no mercado, levando a produtos e serviços de baixa qualidade e preços elevados.

Autoridade do Reino Unido estabelece sete princípios para regular IA

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido publicou um documento estabelecendo sete princípios para regular a inteligência artificial. A entidade antitruste também alertou sobre os riscos para os consumidores em caso de pouca concorrência ou desrespeito à lei de proteção ao consumidor no desenvolvimento inicial de modelos de linguagem.

ENTENDA. O documento da CMA adverte que práticas anticoncorrenciais entre empresas na busca pelo melhor modelo ou produtos de IA podem expor as pessoas a informações falsas e fraudes habilitadas pela tecnologia. Segundo a autoridade, isso pode resultar no domínio de poucas empresas no mercado, levando a produtos e serviços de baixa qualidade e preços elevados.

Embora outras questões importantes, como direitos autorais, segurança online e proteção de dados, também sejam relevantes, a análise inicial da CMA concentrou-se principalmente em competição e proteção dos consumidores.

Veja os sete princípios estabelecidos pela CMA

  • Responsabilidade — Os desenvolvedores e implementadores de modelos de linguagem são responsáveis pelos resultados fornecidos aos consumidores.
  • Acesso — Acesso contínuo e imediato às principais entradas, sem restrições desnecessárias.
  • Diversidade — Diversidade sustentada de modelos de negócios, incluindo abertos e fechados.
  • Escolha — Opções suficientes para as empresas decidirem como utilizar modelos de linguagem.
  • Flexibilidade — Consumidores devem ter a flexibilidade de alternar e/ou usar vários modelos de linguagem conforme a necessidade.
  • Negociação justa — Ausência de comportamento anticoncorrencial, incluindo autopreferência, subordinação ou agregação anticoncorrencial.
  • Transparência — Consumidores e empresas recebem informações sobre os riscos e limitações dos conteúdos gerados pelos modelos de linguagem, permitindo escolhas informadas.

PROGRAMA. A CMA disse estar iniciando um programa abrangente para definir sua posição sobre a IA. Isso envolve diálogos com empresas líderes, como Google, Meta, OpenAI, Microsoft, NVIDIA e Anthropic. O órgão disse que também buscará perspectivas de grupos de consumidores, sociedade civil, especialistas governamentais e outros reguladores.

Mais análises da CMA serão publicadas no início de 2024.

FUTURO. O governo pediu a vários órgãos reguladores que avaliem seu desenvolvimento em um documento de março e o primeiro-ministro Rishi Sunak sediará uma cúpula global sobre IA no início de novembro.

Via Bloomberg (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico
Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. Estudante da UFBA, começou como estagiária no Núcleo, passando a ser repórter em 2024.

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