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Ambev tira Brasil Paralelo da liderança em anúncios políticos e sociais na Meta

Produtora de vídeos de extrema direita ainda investe alto e agora disputa o topo do ranking também com governo Lula e Revista Oeste

Ambev tira Brasil Paralelo da liderança em anúncios políticos e sociais na Meta
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Essa nota foi corrigida.

A Brasil Paralelo não é mais a líder absoluta em anúncios de temas sociais, eleições ou política nas redes da Meta.

No último trimestre, a Ambev, o governo do Brasil e a Revista Oeste lideraram os gastos com anúncios nessas categorias, e deixaram a produtora de vídeos em quarto lugar no ranking, segundo dados da biblioteca de anúncios da plataforma.

Muitos dos anúncios da empresa de bebidas estão relacionados a assuntos de sustentabilidade, o que entra na categoria de "temas sociais" da plataforma e, consequentemente, nessa lista.

Top 10 de anunciantes de temas sociais e políticos na Meta de agosto a outubro (2023)

  1. Ambev - R$ 1,26 milhão
  2. Governo do Brasil (Secom/PR) - R$ 1,08 milhão
  3. Revista Oeste - R$ 1,02 milhão
  4. Brasil Paralelo - R$ 958 mil
  5. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - R$ 942 mil
  6. Comitê Internacional da Cruz Vermelha - R$ 544 mil
  7. Governo do Estado de São Paulo - R$ 499 mil
  8. Skol (Ambev) - R$ 422 mil
  9. Portal Concursos Preparatórios - R$ 407 mil
  10. Vale - R$ 385 mil

FREOU, PAROU, ACELEROU. Após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado, a produtora de extrema direita reduziu seu investimento em anúncios políticos nas redes sociais.

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A Brasil Paralelo segue a maior anunciante brasileira de todos os tempos da Meta na categoria de temas sociais, eleições ou política, conforme a série histórica da plataforma iniciada em agosto de 2020. A produtora já injetou R$ 20,9 milhões na empresa. O segundo lugar na lista, o governo do Brasil, já gastou R$ 6,5 milhões nas redes de Mark Zuckerberg.

REALIDADE PARALELA. Em abril de 2022, o Núcleo mostrou que a produtora chegou a despejar R$ 1,3 milhão em anúncios na Meta apenas naquele mês. A tática agressiva no período eleitoral também foi reproduzida na propaganda política investida no Google.

Hoje, além da Meta, a produtora reduziu também seus gastos com anúncios no mecanismo de buscas. Após um pico de gastos em março, a Brasil Paralelo não retomou mais os níveis de investimentos do período eleitoral.

Brasil Paralelo gastou quase R$ 200 mil em anúncios políticos no Google em março deste ano, mas em seguida sossegou. Reprodução: Ads Transparency/Google

No início deste ano, também revelamos como funciona a máquina de marketing digital da plataforma na busca pelo topo das buscas do Google.


⚠️ Texto atualizado às 16h13 de 1º.nov.2023 para corrigir título e primeiros parágrafos, a fim de esclarecer que se tratam de anúncios de temas sociais, eleições e política, e não de anúncios em geral (que incluem produtos, serviços, etc.).

Pedro Nakamura

Pedro Nakamura

Repórter do Núcleo. Já escreveu para Estadão, Intercept Brasil, Matinal, Veja Saúde e Zero Hora. Interessado em jornalismo investigativo com foco em ciência, saúde, meio ambiente e tecnologia.

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