Pular para o conteúdo

Google e Bing indexam deepnudes não consensuais

Além de indexar as imagens, os buscadores também mostram aos usuários links para ferramentas que produzem pornografia de IA não consensual.

Google e Bing indexam deepnudes não consensuais

A NBC News descobriu que os primeiros resultados de buscas por nomes de muitas mulheres e pelas palavras “deepfakes”, “pornografia deepfake” ou “nudes falsos” no Google e no Bing, da Microsoft, eram deepnudes pornográficos com semelhanças de celebridades femininas.

RESULTADOS. A NBC News pesquisou a combinação de nomes e a palavra “deepfakes” com 36 celebridades femininas no Google e no Bing. As pesquisas foram realizadas com as ferramentas de busca segura desativadas.

SUGESTÕES. Ao buscar no Google por “nudes falsos”, foram encontrados links para aplicativos e programas destinados à criação de pornografia deepfake não consensual nos seis primeiros resultados.

Já no Bing, a mesma pesquisa apresentou dezenas de resultados semelhantes antes de surgir um artigo sobre os problemas associados a esse fenômeno, segundo a reportagem.

Inteligência artificial é usada para criar nudes falsos de mulheres
Deep fakes são frequentemente ilegais e podem ser usadas para expor, constranger e assediar mulheres, as quais não deram consentimento para exploração de suas imagens

OUTRO LADO. O Google permite que vítimas de deepfake solicitem a remoção desse conteúdo dos resultados de pesquisa por meio de um formulário. Mas, segundo a NBC, a empresa não está proativamente pesquisando e deslistando esses resultados.

A NBC não encontrou as políticas de conteúdo do Bing que abordam conteúdo de IA generativa.

LEIS. Nos Estados Unidos, vários estados promulgaram ou introduziram leis para regulamentar o uso de deepfakes, especialmente em eleições. O país terá uma eleição presidencial este ano. No Brasil, ainda não existe uma legislação específica que regulamente esse tema.

Via NBC News (em inglês)

Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. Estudante da UFBA, começou como estagiária no Núcleo, passando a ser repórter em 2024.

Todos os artigos

Mais em Jogo Rápido

Ver tudo

Mais de Sofia Schurig

Ver tudo