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Forças militares dos EUA usam games como Fortnite para recrutar jovens

Um porta-voz da Marinha estadounidense disse que são alocados anualmente de 3% a 5% do orçamento de marketing para iniciativas de esportes eletrônicos.

Forças militares dos EUA usam games como Fortnite para recrutar jovens

Forças militares dos Estados Unidos, como Marinha e Exército, apelam para videogames como Fortnite e Valorant para convencer jovens a se alistarem, diz reportagem do Guardian.

Um porta-voz da Marinha estadounidense disse que são alocados anualmente de 3% a 5% do orçamento de marketing para iniciativas de esportes eletrônicos. Isso dá até US$ 4,3 milhões de outubro de 2022 a setembro de 2023, de acordo com informações obtidas pelo jornal por de uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação (Foia).

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Em 2018 o Exército dos EUA anunciou a entrada no mundo dos e-sports com um time próprio de Fortnite. E em 2020 até abriu um canal na Twitch, plataforma de streaming de jogos que hoje pertence à Amazon. Acusações de recrutamento ilegal e antiético fizeram o canal ser fechado. Embora não tenham mais um canal próprio, o recrutamento via videogames continua.

A tática não é unânime e enfrenta críticas dentro das próprias forças, uma vez que muitos dos abordados ainda são adolescentes por volta dos 13 anos. Oficialmente, os militares não recrutam ninguém com menos de 17 anos.

Recrutar é o processo formal de alistamento. No entanto, os militares anunciam e interagem com menores para fins de recrutamento militar.

CRISE. Não é de hoje que as forças militares dos EUA passam por uma crise de interesse em alistamento. Números de 2022 mostram que o número de recrutados caiu pela metade desde 1980.

OPERATION BELONG. O Exército britânico também recorreu ao Fortnite para recrutar jovens e neste ano lançou um mapa próprio no game, chamado de Operation Belong (veja aqui o trailer). A iniciativa foi alvo de crítica nas redes sociais e o mapa foi removido do game.

Porta-voz do exército britânico disse que a ação não visou recrutamento direto e sim buscar "maneiras inovadoras de alcançar uma variedade de públicos e aumentar a conscientização sobre o que o Exército faz". 

Via Guardian, SporTV, Veja, Folha, Insider Gaming, Sports News UK.

Alexandre Orrico

Alexandre Orrico

Editor-fundador do Núcleo Jornalismo. Foi também gerente de comunidades no Brasil do ICFJ de 2021 a 2023. Já passou pela editoria de tecnologia da Folha de S.Paulo e foi editor do BuzzFeed Brasil.

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