Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 4.000 ficaram feridas no Líbano nesta terça-feira (17.set.2024) em um ataque simultâneo a pagers — sim, aqueles aparelhos antigos que eram conhecidos no Brasil como "bipes" — usados por membros do Hezbollah.
Autoridades americanas disseram ao "New York Times" que Israel está por trás das explosões.
Caralho, o Hezbollah tinha a comunicação baseada naqueles pagers antigos, e todos os pagers explodiram ao mesmo tempo. www.youtube.com/watch?v=oXmF...
— Medo e Delírio em Brasília (@medoedeliriobr.bsky.social) 2024-09-17T16:36:44.986Z
Especialistas que analisaram as imagens disseram à BBC ser pouco provável que os aparelhos tenham explodido por superaquecimento das baterias — como aconteceu, por exemplo, com o Samsung Galaxy Note 7 em 2016.
O caso desbloqueou um novo medo nas redes: se é possível coordenar um ataque simultâneo a pagers, não daria também para explodir vários celulares ao mesmo tempo?
Se está mesma tecnologia de hack puder ser feita em smartphones, temos um risco real de ataque terrorista em larga escala contra milhões de pessoas ao mesmo tempo
— Albert Vaz (@albertvaz.bsky.social) 2024-09-17T16:41:35.090Z
📟 Não sabia que os pagers (bipers) poderiam ser explodidos remotamente....Será que os celulares também? 📱📵
— Joao Caminoto (@caminoto.bsky.social) 2024-09-17T17:58:07.796Z
Segundo Lucas Lago, mestre em engenharia da computação e consultor do Núcleo, esse cenário é muito pouco provável: tudo indica que o ataque ao Hezbollah não foi um simples "hack", e sim uma operação muito mais complexa, que pode ter envolvido a inclusão de componentes explosivos ainda na linha de produção dos pagers.
⚠️ Texto atualizado às 8h35 de 18.set.2024 para incluir a informação de que autoridades americanas atribuíram o ataque a Israel.